Metal Reunion Zine

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Warmask: ”Queremos que as pessoas nos curtam ou nos desprezem pela música apenas” - Entrevista

A vasta quantidade de bandas crescentes no cenário nacional anda criando inúmeras expectativas, sejam elas pelo lado mais ao vivo da coisa ou pelo cd gravado em um estúdio simples ou profissional, as bandas sempre se esforçam para demonstrar sinal de clareza do som que querem executar, e eis que a Warmask não mediu esforços para isso. Fiz uma entrevista bem bolada com Paulo Henrique (Guitarra/Vocal), onde é comentado sobre fases da banda, como ela vai seguir com esses novos rumos, materiais e muito mais.


Metal Reunion Zine. Saudações Groover’s direto do nordeste a vocês do Warmask, banda extraordinária que está com o nome crescendo no decorrer dos dias, agradeço pelo tempo disponibilizado para responder essa entrevista. De inicio: Como vai a banda, o que é ser uma banda de Groove Metal com apenas 1 ano e meio de existência?
Paulo Henrique: Primeiramente agradecemos o espaço e oportunidade de falar um pouco sobre nosso trabalho. Estamos bem no inicio de nossa caminhada, nesse um ano e meio aprendemos muito entre o que fazer, melhorar, substituir e estamos longe de ser extraordinários (Risos). A banda esta cheia de planos, desde divulgar mais nosso primeiro EP, fazer vídeo clipe de algumas musicas, tocar mais, seja aqui em nosso estado ou em outras regiões do Brasil e gravar o próximo material, essas são as principais prioridades no momento.
Metal Reunion Zine. É altamente perceptível as influências que estão no currículo de vocês, podendo citar: Fear Factory (Principalmente nas partes dos vocais), Pantera (Conferi até um tributo ao Dimebag no Youtube) e até Soufly. Como vocês encaram ser uma banda Groove em meio as que ‘’reinam’’, por assim dizer? (Ex:Thrash MetalDeath Metal)



Paulo: Pantera e Soulfly são fortes influencias em nosso som, já Fear Factory é uma banda que eu principalmente não tenho como referencia pro vocal. Minhas influencias pro vocal, mesmo não soando como os caras, mas pela maneira de levar a melodia do vocal é algo entre Max Cavalera, Phil Anselmo, Randy Blythe, Dave Peters. Bandas que são forte influencias pro nosso som como Pantera, Sepultura, Lamb of God, Mastodon, Soulfy, tem musicas que variam de Heavy, Thrash, Death, Hard Core, Prog, Grind, etc… O que faz essas bandas serem Groove Metal é por terem na maioria de seus sons uma levada rítmica, mais cadenciada, seja rápida ou lenta que faz o ouvinte se contagiar. Assim como nosso som, não chega a ser arrastado nem muito rápido e seco. É bem tranquilo pra gente, até por que acho que nosso estilo é um estilo que se encaixa fácil junto com Thrash Metal, HC, Death Metal, Grindcore.
Metal Reunion Zine. No EP ‘Better You Start To Run’ percebi a grande variação de riffs, riffs mais densos, mais rápidos, solos diversificados. Vocês já estão com um álbum full no ponto, certo? Ou ainda estão finalizando? Sem sombra de dúvidas será mais pesado e mais técnico que o primeiro material. O que podemos aguardar?
O próximo álbum segue a mesma linha, as guitarras seguem bem parecidas com riffs trabalhados e mais simples também, já batera esta mais elaborada e técnica, as linhas de baixo estão casando melhor e mais destacados, o vocal também segue bem parecido com o EP. Mas nas estruturas dos sons é onde teve mais evolução, estão soando em geral mais pesados e com mais pegada. É um som bem mais maduro do que o nosso primeiro trabalho.
Metal Reunion Zine. O que vocês acham dessa galera que faz sucesso muito rápido hoje em dia, isto é, sobre o mercado musical? E desses movimentos em prol ao rock atuais, como coletivos, etc…?
Paulo: Acho muito difícil fazer sucesso rapidamente, a não ser que sejam bandas com integrantes de renome ou bandas “apadrinhadas”. No cenário que nós nos encontramos, que é do underground e de som mais pesado, é difícil fazer sucesso, mas tendo um som bem construído e investindo não é difícil ter um reconhecimento positivo.
Metal Reunion Zine. Não conheço muitos detalhes da banda, mas estamos aqui pra isso. Cada banda possui suas marcas, presenças e pontos que fazem cada uma destacarem de tal modo, de cara percebi que usam máscaras (Fazendo jus ao nome), por qual motivo usam? Isso reflete o que vivem? Ou é somente algo diferente que tiveram disposição para adotar?
Paulo: Nós usamos mascaras por que achamos que nosso rosto, nossos nomes, nossa aparência, não importam, não muda nada em nosso som. Queremos que as pessoas nos curtam ou nos desprezem pela música apenas, não pela aparência. Existe muito preconceito no Metal, se os integrantes são muito novos ou muito velhos não são levados a serio, se um é gordo de mais, cabelo de tal jeito, roupa, etc, tudo é motivo pra falar mal ou desmerecer a única coisa que importa, que é a música.


Metal Reunion Zine. Vocês recentemente mudaram de formação mais uma vez, queriam mais presença de palco, mais força para dar um UP, pena que o ex-vocalista não ficou por muito tempo e dando continuidade com a formação original. O que cada formação mostrou para a banda? Quais os saldos negativos e positivos que trouxeram?
Paulo: As mudanças vieram a agregar, o vocal que havia entrado é um baita brother de todos da banda, já nos conhecíamos muito antes da banda começar. Mas algumas coisas não geraram grandes mudanças e como o que a gente já estava fazendo esta dando resultado e já estávamos num caminho que é bem positivo, optamos por retornar a fórmula inicial.
Metal Reunion Zine. Qual a diferença entre ser um músico “profissional” que toca Groove Metal e ser um headbanger que toca metal?
Paulo: Nós tentamos unir as duas coisas, até por que se não estivéssemos tocando ou fazendo música, estaríamos escutando e acompanhando as bandas que a gente curte. Antes de ser músicos somos fãs, somos consumidores desse estilo. Mas no momento em que o músico decide abandonar a “garagem” e fazer música, ele se da conta que o nível é muito alto hoje em dia e pra fazer um material de qualidade, um show bem apresentado, o nível técnico é mais elevado. Não no sentido de comparação com outras bandas, mas do próprio músico executar seu trabalho sem falhas individuais, imprevistos sempre rolam, mas errar notas, tocar sem pegada, esquecer letra, deixar o som embolar, tocar fora do tempo, essas coisas já não podem ser toleráveis pro músico que busca se destacar em meio de tanta banda foda.
Metal Reunion Zine. O Groove Metal é algo que não vejo todo dia e pelo visto vocês estão ‘agregando valor ao metal pesado’ me deixando mais curioso e ansioso pra conferir o próximo material. O que o público pode esperar de vocês?
Paulo: Estamos entrando mais de cabeça nesse próximo álbum, não é aquela primeira experiência de estúdio, já temos em mente como queremos que soe nossas músicas, o primeiro trabalho tem apenas 4 músicas e nenhuma soa muito parecida, cada uma tem sua “vibe”. O próximo álbum segue essa linha, nada repetitivo, mas com elementos que já são mais característicos da banda. No próximo álbum já é possível ver nossa identidade sonora com mais clareza e acho isso muito importante, seguir uma linha, sem soar repetitivo, mas com características bem definidas.
Metal Reunion Zine. Situação para tour, passagens pelo nordeste, planejamentos de divulgação do novo material?
Paulo: Queremos muito tocar por todo território nacional, acredito que será mais viável após o lançamento do próximo álbum. Por questão de divulgação e interesse de produtoras ai de cima. Mas antes de lançar o novo álbum, vamos lançar vídeos dos sons do EP, divulgar mais o trabalho que já temos e na sequencia focar só no novo material.
Metal Reunion Zine. É sensacional ver que o cenário underground nacional anda se ampliando e aumentando o número de gêneros assim como o Groove Metal está, espero que continue assim e que tenha mais profissionalismo igual ao de vocês, espero vê-los por aqui a qualquer hora e receber o material para conferir de cima a baixo. O espaço agora é com vocês. Stay Groove!
Paulo: Somos muito gratos pelo interesse e pela oportunidade de divulgar nosso trabalho. Queria aproveitar o espaço pra divulgar nossos materiais, o EP “Better You Start to Run”, que foi lançado de forma independente está a venda à R$5,00 e nossa camisa com uma arte muito foda feita pelo artista Hugo Silva por R$30,00. Interessados é só entrar em contato via facebook ou pelo email warmask@hotmail.com.br.
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Por: Pedro Hewitt

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