Metal Reunion Zine

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segunda-feira, 26 de março de 2012

UNEARTHLY - Flagellum Dei - Resenha CD


UNEARTHLY
“Flagellum Dei”
Shinigami – Nac.

O Unearthly surgiu em 1998 com a proposta de fazer Black Metal, mesmo que com algumas nuances do Death Metal. Os anos se passaram e com eles veio a maturidade musical da banda. Hoje seu estilo está mais para Death/Black Metal do que para o outrora Black Metal com pitadas de Death Metal. Venho acompanhando esses lançamentos faz algum tempo e noto bastante naturalidade nessa transição, com os álbuns soando bastante honestos. Não é seguir uma tendência ou modismos, é fazer música com paixão e feeling, e isso o Unearthly faz com bastante competência. “Flagellum Dei” só vem a coroar a magnífica carreira dessa banda, que certamente está entre uma das mais importantes do estilo, me arrisco a dizer a nível mundial. Falando nisso, o álbum foi gravado no Hertz Studios, na Polônia e, com isso, o álbum ganhou uma grandiosa potência sonora, como era de se esperar. Mas devo dizer que o destaque não fica na gravação, mas sim na qualidade musical de “Flagellum Dei”, um dos mais odiosos e violentos álbuns lançados pelo Unearthly. E não pense que para ser tão odioso e violento o álbum precisou apenas de velocidade e brutalidade extrema, mas também de peso e cadência na medida certa, como ouvido na demolidora “Baptized in Blood”, que em seu final tem uma parte acústica! Os vocais de Eregion (também responsável por uma das guitarras) estão mais assustadores do que nunca, e mesmo assim não perdeu a identidade, adquirida nos álbuns anteriores da banda. Os riffs de guitarras (o outro guitarrista é Vinnie Tyr) são uma verdadeira afronta, direcionados a destruição sonora, além de uma ‘cozinha’ (M. Mictian – baixo e R. Lobato – bateria) que é puro holocausto, e como exemplo dessa precisão destrutiva de baixo e bateria aponto a faixa-título, que traz três minutos e meio de pura marcha da devastação, e ainda conta com um refrão grudento. Sim, posso aqui comentar faixa por faixa desse novo álbum do Unearthly, afinal cada música é carregada de um ódio latente e destruidor. “Flagellum Dei” traz onze faixas destinadas aos apreciadores de verdadeira música extrema, feita com qualidade, com ódio, suor... É música para deixar os desavisados atônitos e os apreciadores do estilo emocionados. É isso, caro leitor, é um álbum para se empolgar mesmo e, sinceramente, não esperava menos do Unearthly. O material vem envolto num digipack e conta com uma arte gráfica condizente com a grandeza do álbum. Ah, antes de terminar, a música “Black Sun (Part I)” apresenta (pasmem!) influências de música regional brasileira (mais precisamente baião), mas sem cair na burocracia, por assim dizer. Ficou bem interessante, a meu ver.

Site:
Resenha por Valterlir Mendes

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